Marta Cabral
  1. O Boom do turismo
  2. Três ficções
  3. Virgem que pariu
  4. Lapse in time
  5. Viana de Lima
  6. Identidade Aveiro
  7. Linguagem artística
  8. Cinema Trindade
  9. Exposição Eugène Grasset
  10. O amor é fodido
  11. Alfabelas
  12. Chocolataria Equador
  13. Reflexos
  14. Títulos dão-me ansiedade
  15. Un(cover)ed
  16. Capa de disco

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01    O Boom do turismo


Trabalho académico de paginação de uma revista. Como proposta, foi entregue um capítulo do livro "Criação do Fundo de Turismo e o Boom da Década de 60 - O Turismo como Estratégia do Desenvolvimento" e pedido para desenvolver uma revista apenas a preto e branco, no formato A4 no estilo "Suíço". A impressão foi toda feita em papel Munken Pure de 100gr.


2023



02   Três ficções


Com este projeto pretende-se explorar as possibilidades da paginação linear, usando para tal a obra prima de Jorge Luís Borges, Três ficções, que, devido às suas particularidades torna esta tarefa bastante desafiante.

A nível tipográfico opta-se pela utilização de apenas uma fonte serifada, mantendo o caráter clássico da paginação.

Na capa, o elemento gráfico procura, através de uma abordagem minimalista, revelar um pouco daquilo que caracteriza a obra de Jorge Luís Borges - o seu caráter labirintíco e enigmático.

2023



03   Virgem que pariu


Virgem que pariu procura invocar o complexo de Madonna Whore. Objeto de estudo da psicanálise, procura explorar a dualidade entre mulheres eróticas (putas, sexualmente libertas) e mulheres castas (santas e sexualmente reprimidas). Neste sentido, esta publicação propõe-se a associar e opor conceitos antagónicos, desconstruindo-os.

Pinturas feitas por homens, fontes desenhadas por mulheres, definições do priberam

"Onde tais homens amam, eles não têm desejo e onde desejam, não podem amar."
- Sigmund Freud

2023



04    Lapse in time


Etimologicamente, nostalgia deriva do grego, resultando da junção de nóstos (νόστος - "reencontro") e ἄλγος (álgos - "dor, sofrimento"), podendo, sumariamente, ser considerada o reencontro do sofrimento.

Em grande parte das relações interpessoais mais próximas, a vulnerabilidade surge numa fase tardia da vida, apenas cruzando os nossos caminhos, quando o tempo idílico da infância é já uma época remota. Assim, nasce um desejo de assistir ao desenvolvimento das identidades fulcrais na minha existência, representando-as, tentado combater este sentimento de perda do tempo não vivenciado.

Tal como as técnicas utilizadas neste projeto, muito do desenvolvimento humano acaba por se afastar de uma simples linha reta, sendo, na verdade, bastante errante, com um grande interlúdio entre estes dois instantes.

2023



05    Viana de Lima


Catálogo elaborado em regime freelance para a comemoração dos 10 anos do prémio Viana de Lima, atribuído pela câmara de Esposende. Coordenação do professor Domingos Loureiro e arquiteto Paulo Guerreiro.

2023


06    Identidade Aveiro 

Neste projeto colaborativo com Mafalda Barros o briefing requiria que captássemos a essência de um território através de um logo e de um livro de conceito. A cidade escolhida foi Aveiro, com os seus tradicionais moliceiros e edifícios de arte nova. O livro resulta da conjugação de fotografias analógicas da cidade tiradas por nós e citações que as acompanham, apresentando a identidade visual desenvolvida com todo o seu sistema iconográfico.

2023


07    Linguagem artística


A cor designa a luz refletida sobre os objetos. Tem como características principais: matiz, saturação, luminosidade e brilho. Forma é o aspeto exterior dos objetos reais, imaginários ou representados. A linha descreve a forma, sendo que quando uma linha se fecha dá origem a uma forma. Composição significa "organizar", e é um conceito que pode ser aplicado a qualquer obra de arte. É uma organização consciente.

Com esta coleção acerca da linguagem artística procura-se, através dos mínimos elementos gráficos possíveis, transmitir esses três conceitos distintos, mantendo ainda assim, uma linha coerente ao longo da coleção. Os elementos em baixo-relevo acrescentam subtilmente um foco para o olhar do leitor, introduzindo ainda uma componente sensorial.

2023


08    Cinema Trindade


Com esta proposta coloborativa com Mafalda Barros pretendia-se reformular a identidade do cinema trindade, naquilo que seria um rebranding da mesma.

Assim, opta-se por uma estética a preto e branco, tal como acontecia no início do cinema. Com a tipografia procura-se explorar a potencialidade gráfica da palavra trindade. Sobre a mancha tipográfica surge uma claquete, objeto este frequentemente utilizado no mundo do sétima arte. 

Nos desdobramentos das diversas aplicações desta identidade surge uma tipografia sublinhada, recordando-nos das legendas que acompanham os filmes. 

2023


09    Exposição Eugène Grasset


Surge a premissa de criar a identidade de uma exposição para um designer que nos é atribuído. Neste caso, trata-se de Eugène Grasset, figura de renome da Arte Nova, criador de combinações únicas consideradas como o expoente dos motivos e padrões daquela época.Assim, devido à frequente utilização de motivos botânicos que caracteriza os seus posters, é desenvolvida a identidade da exposição em torno de uma ilustração digital que procura representar o autor em questão, recorrendo ao estilo que este utilizava - o teor naturalista, o uso de cores baças, e o recurso a um contorno/traço por cima das manchas de cor sólidas. Esta mesma organicidade da ilustração acaba por ser quebrada através da adoção de cores vivas e geometria que acompanha grande parte da restante identidade da exposição.

2022


10    O amor é fodido


Nesta proposta optei por elaborar uma capa alternativa para o livro O amor é fodido de Miguel Esteves Cardoso. Procurei então, através da uma imagem gráfica concisa, transmitir os sentimentos que a leitura desta obra desperta a quem a folheia.

Assim, tendo em conta a brutalidade, honestidade e até mesmo crueza deste livro optei por usar uma fonte pesada, contrapondo-a, por vezes, com essa mesma fonte numa variação light, espelhando a delicadeza e ternura, que, apesar de tudo, estão explicitas neste romance. Conceptualmente, optei por simular, através de jogos tipográficos, o que o próprio título da obra sugere, fazendo, para tal, diversas experimentações. Refletindo a atitude desta obra, optei por simplificar ao máximo a capa proposta, reduzindo-a apenas a um caráter tipográfico, sem qualquer imagética desnecessária e desprovida de valor.

2022


11    Alfabelas


Perante o desafio de criar uma forma complet e original de representar o alfabeto com o qual estamos tão familiarizadas escolhemos fazê-lo através das paisagens que mais ocupam o noss dia a dia como estudantes nas belas artes.

Assim, surgiu-nos a ideia de procurar encontrar essas mesmas letras em formas que à primeira vista em nada se assemelham ao típico alfabeto romano, mas, que, com um enquadramento particular e com um olhar atento, se metamorfoseiam nos caracteres que fazem parte da nossa linguagem. Deste modo, à semelhança do espírito excêntrico das belas-artes, constrói-se um alfabeto incomum e surpreendente. A fotografia analógica revelou-se a media mais apropriada para o desenvolvimento do nosso trabalho, já que, por um lado nos permite captar as paisagens fidedignamente, e, por outro quase que as torna intemporais devido à qualidade das imagens. Uma vez que representa um universo tão particular
à faculdade, consideramos pertinente propagá-lo dentro da mesma, inserindo-o em posters, em revestimento de estruturas (como elevadore e janelas), e outros elementos.

Para inserir um propósito maior a este trabalho, contextualizando-o, optámos por associá-lo à celebração dos 250 anos da instituição. De tal modo, desenvolvemos uma publicação que inclui as fotografias originais que dão corpo ao projeto, servindo esta publicação quase como uma “folha de sala” da celebração deste aniversário da casa que nos acolhe todos os dias.

2022


12    Chocolataria Equador


Com este projeto, pretende-se criar uma nova embalagem para o Chocolate Negro com Vinho do Porto da Chocolataria Equador, chocolataria essa com uma identidade bem formulada e estruturada, retirando um pouco o foco de São Tomé, local de produção do cacau, deslocando-o para o Douro.

Recorrendo à ilustração, surge uma tentativa de sintetizar o ambiente de vindima através da sua paisagem definidora - os seus socalcos. Estabelece-se um paralelo entre a manualidade inerente à construção destes muros e a manualidade necessária no processo de transformação do cacau. Para executar a ilustração, utilizou-se o próprio vinho, estabelecendo, então, uma ponte com o próprio produto.

A caligrafia utilizada visa manter a elegância e requinte característico da Chocolataria Equador, utilizando linhas finas e contrastando elementos retos com apontamentos curvos. Assemelha-se quase a um lettering do período da arte nova, quase podendo integrar um elegante portão de ferro forjado, quem sabe o portão de acesso a uma vinha do Douro.

2022


13    Reflexos


Reflexos. Reflexos de um dinamismo e de um constante movimento que se assemelha ao mar. Mar esse, que, apesar de ativo, nos tranquiliza, tal como a Lorena, com uma atitude sempre positiva. Vinda do outro lado do oceano, traz consigo uma energia vibrante, transmitida através das cores utilizadas nesta imagem. Com a sua simplicidade e humildade, surge como um livro aberto, transparente como a água. Tal como o seu livro preferido, Orgulho e preconceito, com características clássicas, a Lorena surpreende-nos com a sua constante mudança. Mudança essa que, em parte, podemos atribuir à sua insegurança no momento de tomar decisões. Uma representação da dança das águas, refletindo uma amante da dança e do mar. Uma calma ondulação refletindo as ondas do seu cabelo. O mar como o espelho da alma. Através de um processo analógico, recorrendo a lápis de cor sobre papel, escolhi utilizar as cores preferidas da Lorena (azul e rosa). Optei por representar apenas um pormenor do mar, excluindo a linha do horizonte, anulando, assim, parte da sua imensidão, devido à sensação de proximidade que experienciamos ao conhecer a Lorena.

2021


14    Títulos dão-me ansiedade


Este projeto foi desenvolvido com o propósito da criação de uma campanha que alertasse para uma causa social. Enquanto uma pequena neurótica ansiosa, optei por focar-me na ansiedade, mais especificamente na ansiedade de desempenho. A materialização do projeto resultou numa pequena publicação, intitulada Títulos dão-me ansiedade, num (anise)dado para acalmar mentes ansiosas, numa brochura, com o nome Brochuras dão-me ansiedade e numa página de Instagram,@ansieudade, contendo todas as ilustrações e textos do capítulo ansi(eu)dade.

A publicação está dividida em três capítulos: o primeiro, designado ansiedade, apresenta um caráter mais informativo, dando a conhecer ao leitor o que é afinal a ansiedade, apresentando diversas estatísticas relativas ao tema; o segundo, intitulado ansi(eu)dade consiste num conjunto de ilustrações e pequenos textos relativos à minha experiência com a ansiedade, mais especificamente com a ansiedade de desempenho; e, por fim, o terceiro, intitulado ansiedades, remata a publicação com cinco relatos de quem também lida com ansiedade de desempenho no seu quotidiano.

2021


15    Un(cover)ed


Para este projeto optei por realizar uma coleção de capas de telemóveis e respetivas histórias, catalogadas e organizadas consoante a justificação dada pelos seus donos para a posse das mesmas. Assim, parto numa busca de espelhar a personalidade do utilizador através da sua escolha de algo que, numa primeira vista, poderia ser interpretado como algo superficial e trivial, a capa de telemóvel.

2020


16    Capa de disco


Nesta proposta optei pela escolha da música 17 do Youth Lagoon, que me transmite sentimentos como melancolia, nostalgia, tristeza, vulnerabilidade, entre outros. Para representar essas sensações optei então pelo foco na posição fetal. Para acrescentar o fator da vulnerabilidade, optei por realizar uma série fotográfica em roupa interior, espelhando essas camadas exteriores que perdemos ao escutar a música. A utilização apenas de preto e branco e vermelho também não é ingénua, sendo utilizado com a intenção de remeter para uma certa tristeza, estabelecendo um contraste com o vermelho, que representa a emotividade presente em toda a faixa.

Em todos os elementos foram utilizados bordados, por conferirem um caráter mais pessoal e íntimo à peça. Os elementos em que é aplicado variam entre o rosto da figura retratada, à qual é retirada a identidade, e a mão, que representa uma certa ausência - a tal nostalgia a que a música remete. O disco foi também ele bordado ao suporte, representando o próprio disco o conceito de vulnerabilidade, que só conseguimos atingir quebrando as barreiras exteriores pré-existentes, aqui expressas através do fio. O disco é acompanhado por um poster, que vem inserido dentro do próprio álbum, dobrado, na lateral interna esquerda.

2020